O motivo é o mesmo, embora as palavras sejam diferentes. Para o grande público, elas rimam com arrumação, enganação, arrastão - e outras que tais. 

Mas, não é de hoje. 

Calheiros proibiu o seu entorno de falar em “chapão” quando da montagem de listas de candidatos para a disputa de algum cargo proporcional.

Ele argumenta, e não sem razão, que “chapão” dá ideia de que são muitos os nomes fortes para a disputa de poucas vagas, mesmo que saibamos que a maioria é atraída pela ideia de “chapa forte”, mas que assim só é exatamente por causa dos chamados “escadas”.

O detalhe é que estes últimos até poderiam ter chance se formassem com outros grupos, podendo se eleger pela soma de votos das legendas menores. 

Uns caem de tolos, outros por serem sabidos demais. Afugentá-los seria fatal para os que “valem a pena” o investimento.

A palavra do momento, eis o busílis, é “acordão”, que existe para que quase todos se deem bem na disputa eleitoral, embora alguns se deem melhor, por óbvio.

É o que está em curso, independentemente da palavra usada. 

O público, portanto, desconfia dela, até porque o passado também ensina a quem quer aprender.